Arrecadação de seguro em locações sobe 64%

A procura do mercado de seguros por novos nichos surtiu efeitos no setor imobiliário. Levantamento feito pelo Grupo BB E Mapfre mostra que, no período de janeiro a dezembro de 2015, o seguro em locações, arrecadou R$ 25 milhões, um crescimento de 64%.

“As pessoas estão percebendo a importância da proteção do patrimônio, por isso esse segmento cresceu e continuará crescendo. Talvez percentualmente menor neste ano pela base de comparação ser alta, mas ainda expressivos”, explicou o diretor geral de Massificados do BB e Mapfre, Jabis Alexandre.

De acordo com o diretor, o produto, além de garantir uma indenização na hipótese da ocorrência de incêndio, por exemplo, permite que a imobiliária controle o cumprimento das obrigações de quem alugou – pelo inciso VIII do art. 22 da Lei do Inquilinato, a cobrança do seguro pode ser repassada do locador para o locatário, mediante a estipulação de uma cláusula no contrato.

Desenhado para atender as exigências da Lei 8245 de 1991, o seguro imobiliário oferece proteção a imóveis residenciais e comerciais alugados e, na apólice básica, oferece proteção contra incêndio, raio, explosão da edificação, incluindo coberturas adicionais (para vendaval, incêndio do conteúdo interno, perda de aluguel e responsabilidade civil).

Por outro lado, também neste segmento, são oferecidas assistências tanto no caso residencial (como conserto aparelhos linha branca), quanto no empresarial (como serviço de segurança).

Mercado

Durante evento realizado recentemente, o presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Serôa de Araújo Coriolano, disse que espera que o mercado cresça entre 9% e 10% em 2016, ante o acumulado do ano passado.

Na avaliação dele, o problema do setor é que “sempre” respondeu ao ciclo da economia de forma atrasada, tanto que, mesmo em 2012, quando o Brasil apresentou queda do PIB expressiva, o mercado segurador continuou crescendo. “Agora, está acontecendo justamente o contrário. O Brasil conseguiu resistir em 2014, mas, já no final de 2015 se notou um esgotamento dos fundamentos econômicos, nos atingindo duramente.”

Desta forma, Coriolano destacou, na oportunidade, que os desafios para os próximos anos têm muito a ver com regulação que pesa sobre o segmento. “É um setor estritamente regulado, mas não podemos confundir regulação com aprisionamento. É chegada a hora de o governo fazer despertar o instinto animal do empreendedor”, cobrou o especialista da CNseg.

Fonte: Clube das Luluzinhas